sexta-feira, 10 de abril de 2009

Não tão santa sexta feira

Serei das poucas pessoas que conheço que não tem doutrina, seita ou religião. Não sou, de facto, baptizada, não frequento qualquer templo. Nada ordena ou sujeita ou modera as minhas decisões, pelo contrário, sou eu que tenho de decidir tudo segundo a minha moral de certo /errado; bem / mal.
Vivo bem, até hoje , com o livre arbítrio, pois, se eu decidir mal sou só eu que posso resignar-me e pedir perdão a um outro igual a mim, que até pode nem me perdoar. A minha vida não é facilitada por idas a uma caixa onde despejaria os meus pecadilhos e, de onde sairia depois limpa e sem mácula. "Bless me father for I have sinned..." Nada disso. Isso seria demasiado fácil e simples.
Eu vivo com todos os pecados e erros agarrados a mim tal qual nódoas ou , pendurados no fato como medalhas, conforme o ponto de vista de cada um que entenderá os erros como acumular de experiência ou resultado de maldade. Assim, tenho de retratar-me sempre que erro.
Mas há vantagens sendo entre elas a decisão final sobre o meu corpo, a minha cabeça, a educação dos meus, o que se passa na minha alcova, o meu quotidiano. Tenho de ser eu, todos os dias. E esta é a minha liberdade. Ser livre custa caro.
Ah, e hoje comi carne.

2 comentários:

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